Comunidade suína se veste de preto

Estes últimos anos com nosso portuga têm sido intensos e vários foram os títulos conquistados. Neste especificamente nada conquistamos, ainda assim tivemos também momentos de alegria e satisfação. 2025 começou diferente, perdemos o paulista que para mim era uma obrigação ganhar. Também fomos eliminados da Copa do Brasil, a meu ver prematuramente. Passamos por momentos difíceis no brasileiro, perdemos jogos que não poderíamos. Deixamos escapar momentos que nos colocaria na dianteira, tornando difícil a vida de nossos adversários. Na Libertadores tivemos jogos memoráveis. Mas aquela derrota diante da LDU mexeu com nossos brios e deve ou deveria ter acendido a luz vermelha nos gabinetes do Allianz, lá na Pompeia. No jogo de volta foi um massacre, 4x0 para nós, a mesma equipe que tinha nos “destruído” no primeiro jogo. Despachamos os caras, foi motivo de muito orgulho! Mas o fato é que minha intuição dizia que algo não ia muito bem com nosso time. Em outros momentos um adversário que batesse forte não ficava sem resposta. Há um bom tempo que não via mais aquela magia, aquele “brilho nos olhos” dos jogadores do Palestra. Como torcedores, tiramos muitas conclusões, mas nunca sabemos tudo que acontece dentro do clube, não temos todos os elementos. Caímos em uma apatia, em momentos de indecisão, em falta de agressividade, sem o poder de reação que sempre tivemos. E essa nova postura cobrou o seu preço. A falta de títulos ilustra bem este momento. Acredito que de forma alguma podemos condenar o Abel (ignorando todo o fantástico trabalho que realizou até agora). As pessoas não contextualizam. São vários fatores que contribuem para que um time não conquiste títulos em um dado momento. No nosso caso, só este ano. Há muitos times por aí que possuem tudo (dinheiro, infraestrutura, torcida, patrocinador) exceto títulos relevantes ganhos recentemente. Tampouco podemos sair culpando jogadores e pedindo cabeças, afinal temos um bom elenco, que foi renovado há pouco e foi gasto uma boa quantia. Acredito que a Leila e o restante da diretoria vêm fazendo um bom trabalho, mas acredito que a origem desta má fase é resultado de decisões estratégicas mal planejadas ou mal pensadas. Quanto aos meus sentimentos: fiquei triste, esperava um outro desempenho, queria muito ganhar este título. Porém não pretendo passar o tempo remoendo lances, a escalação do time, o desenho tático, as decisões estratégicas. Os caras ganharam e levaram a taça, ponto. Vida que segue. Como alguns dos milhares de torcedores que não estavam em Lima, procurei junto a meu pequeno ajuntamento familiar, um lugar nos arredores do nosso estádio para assistir ao jogo com a companhia desta torcida vibrante que é a do palmeiras, queríamos sentir aquela vibração. Foi uma grande decepção ao chegarmos e nos deparar com o estádio cercado de grades metálicas, como se fosse um morro carioca preparado para uma guerra com a polícia, que aliás estava lá armada com espingardas calibre 12. Por que isso foi “necessário”? Viramos bandidos? Na volta para casa na estação Palmeiras do metrô vimos vários palmeirenses exaltados, tristes e revoltados com aquele resultado que nenhum de nós queríamos. Cantavam a plenos pulmões, extravasando suas frustrações. E lá estavam de novo a turma do batalhão de choque, pronta para entrar em ação. Não pude deixar de me sentir comovido e consternado com aquela cena. Era uma dor real. Acredito que a direção do Palmeiras poderia ter pensado em uma recepção respeitosa aos seus torcedores. A sensação foi de abandono. Isso é algo que não deve acontecer nunca em momentos como esse. Palmeiras, Abel, jogadores: vocês são meu orgulho. Avante Palestra! Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ôôôôhh!!! Fonte da imagem: IA Gemini

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