Neste momento compartilho o mesmo ônibus com essa pessoa que não sei quem é e nunca saberei mas que fará um gesto que renova minha fé no ser humano, pessoas de caráter e boa índole que fazem deste mundo um lugar melhor do que parece.
Quando me levanto para ir embora, num deslize meu, deixo cair minha carteira que será recolhida. Só percebo quando chego ao meu destino e ela não estava mais comigo.
Nestas horas passa um turbilhão de coisas na sua cabeça. O que fez o que deixou de fazer, o que pode ter ocorrido, o que ocorrerá e quais podem ser as consequências. Foi uma correria tomando providências para evitar o pior, torcendo para que tudo saísse bem no final.
Tinha o plano de almoçar antes de ingressar no trabalho, claro que foi frustrado, afinal este episódio me deixou sem tempo e o pior, sem dinheiro.
Uma outra pessoa me surpreenderia instantes depois. Proprietário de um café, dono de um nome incomum de um personagem da história que foi rei da Babilônia no século XII a. C., costuma preparar um cappuccino muito bom que me obriga a passar lá algumas vezes. Fui lá beber uma água e acabei contando meu infortúnio. Me ofereceu crédito para comer alguma coisa e levasse o que precisasse. Foi um gesto muito nobre, aliviado e muito grato agradeci.
Mais tarde ao chegar em casa fico sabendo que a pessoa que achou a minha carteira a trouxe ao meu local de trabalho. Fiquei muito satisfeito em confirmar que existem boas pessoas neste mundo e elas não são minoria, senão este mundo já teria acabado.
Fonte da imagem: depositphotos

Blog do EDUARDO
ResponderExcluirBom dia, caro amigo!
Compactuo com a sua ideia de que existam pessoas boas. Mas, com uma diferença, que elas sejam maioria.
Em relação às condutas, comportamentos que julgamos, acreditamos serem tão maus, e consideramos ser tão ruins, nefastos, pela proporção que tais condutas, tais comportamentos nos assustam, nos chocam... Acredito serem esses os motivos que, para as coisas que consideramos ser maus, tenham tamanha força, visibilidade que acreditamos que existam mais pessoas más do que pessoas boas.
Passei por coisa um pouco parecida, em relação à perda da carteira. A perda da minha carteira ocorreu na rua. Uma senhora a encontrou e, segundo ela, tentou meu contato no Banco onde eu possuía conta bancária, mas sem sucesso. Depois entrou em contato pelo plano de saúde. Um atendente teve a gentileza de anotar o número do telefone, da pessoa que encontrou minha carteira, entrou em contato, explicou onde encontrá-la. O interessante é, que a minha carteira estava intacta, com tudo que havia nela, no dia da perda.
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