Porcos e gambás, a rivalidade histórica do futebol paulista

 


      Pesquisada pelo historiador Marco Aurélio D. Lourenço da USP, a rivalidade entre Palmeiras e Corinthians, remonta aos anos 30 do século passado. Naquela época o futebol paulista era dominado por três times, junto ao Paulistano estes formavam o trio de ferro do futebol paulista, ficando com as primeiras posições e os títulos.

      O Paulistano era um time de elite, time rico e com muito dinheiro, naquela época o futebol era amador, os jogadores tinham seus empregos e futebol era só uma diversão. Com o tempo veio a profissionalização e o Paulistano era contra, queria que permanecesse amador para evitar sua “popularização”, seus dirigentes viam a prática do esporte como um privilégio de poucos, visões como esta podem ser vistas até hoje em outras áreas, seja do esporte ou não. Nossas elites burguesas não mudaram muito.  

      Com a profissionalização se concretizando aos poucos, o Paulistano optou por permanecer amador, seus vários títulos conquistados na época ainda não foram superados por vários times que permanecem disputando o paulista.

     A partir deste momento os outros dois passaram a disputar espaços tentando afirmar-se como o melhor do estado, quando trataram de construírem seus estádios para trazer o povo para as arquibancadas. 

      A rivalidade entre os dois times paulistas, começa em 1917, quando os dois se enfrentam pela primeira fez, o resultado, o Palmeiras ganhou de 3X0, gols de Caetano Izzo, primeiro herói alviverde. Esta atuação lhe garantiu um lugar na seleção brasileira.

       A maior goleada deste clássico ocorreu em 1933, quando o Palmeiras aplicou um chocolate no rival, 8X0, feito histórico extraordinário e incomum, que desestrutura qualquer time e possui potencial de derrubar o técnico do cargo.

      Os dois times anotam cada jogo, resultado, gols, títulos para argumentar também através de números e estatísticas, quem é o melhor. Eu como torcedor palestrino não tenho dúvidas. E você tem?

 

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