Quino foi, Mafalda fica e os ideais permanecem

 

Minha versão copiada da personagem

      Joaquin Salvador Lavado Tejon, popularmente conhecido como Quino, partiu desta para melhor, cartunista, começou sua careira na publicidade, sua personagem Mafalda, tornou-se sucesso de público e de crítica. Criada em 1964, na mesma época de Mônica, de Maurício de Souza, outra personagem com uma pegada feminista, pode ser considerada sua irmã latina.

      Esta personagem, com oito anos incompletos, odiava sopa, era uma criança a frente de seu tempo. Possuía uma visão crítica do mundo, contestava as injustiças, era uma defensora da democracia e da liberdade. Sua visão humanista era um exemplo para as crianças, adolescentes e adultos, convidados a questionar um mundo injusto, insensível em constantes conflitos, onde a paz sempre foi um sonho a ser buscado.

      Por uma decisão de seu autor, em 1973, as estórias de Mafalda deixaram de ser publicadas. Quino provavelmente não tinha a visão empresarial de Disney ou do Mauricio de Souza. Porém a personagem está aí, é possível dar continuidade, caso seus herdeiros assim o desejem.

      O certo é que um mundo mais justo, de paz, com liberdade e democracia ainda é um sonho acalentado por muitos, além da questão ambiental, o aquecimento global, a poluição, o desmatamento, as queimadas e para piorar a pandemia da covid-19 que nos ameaça em escala planetária. Neste momento em pleno século XXI, ideologias extremistas vêm ganhando força no mundo, é mais uma ameaça aos ideais de Quino, da Mafalda e de todos nós que queremos um mundo melhor. Adeus Quino!

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