Sherlock Holmes foi um personagem criado pelo médico britânico Sir Conan Doyle, no século XIX, detetive muito eficiente, especialista em crimes insolúveis, esclarecia casos que a própria polícia londrina já havia desistido por não saber mais que pista seguir.
Quando se envolvia em algum caso, mergulhava tão profundamente neste que ficava dias sem comer ou dormir, seu senso de dedução e a sua mente analítica lhe tiravam qualquer chance de dormir, devia ser muito frustrante pela curiosidade e o desejo de entender algo que estava ali perto e ele não enxergava em um primeiro momento, a solução lhe daria o sono dos justos. Personagem popularizado no teatro, uma frase sua ficou famosa quando se dirigia ao seu assistente e sentenciava “elementar meu caro Watson”, quando algo era evidente.
Estou caminhando pela rua, é noite, o clima está agradável não sei para onde estou indo, pelo menos assim me parece. Deparo-me com uma instalação, algo grande, algum tipo de lugar que costuma receber muitas pessoas, há um portão, há pessoas chegando, vejo a escadaria assim que passo pelo portão, espalhadas pelos degraus muitas estão sentadas, encontro uma lacuna e me embrenho ali no meio.
Uma companhia feminina está próxima, começamos a conversar, não lembro se a conhecia, não que isto fizesse alguma diferença, sua companhia me agrada, seu charme instiga, é bela, há certo cinismo no seu olhar e na forma como se expressa, parece ser alguém que sabe o que quer, dá a impressão que possui uma personalidade marcante, seus olhos brilhantes instilam confiança.
Depois de me dizer algo com a convicção de que está certa e não será contestada aproxima-se mais um pouco e apoia a cabeça sobre mim, diz algo provocativo testando minha reação e respondo lhe perguntando por que acharia que eu faria tal coisa, fingi indignação, ato contínuo, toco em seu corpo, ela sorri de uma forma marota sinalizando que aprovou aquele minúsculo atrevimento e se afasta um pouco. . .
Como o Sherlock algo me incomoda no exato momento em que percebi que não possuía os elementos necessários para resolver aquele mistério, como investigar este caso, se as pistas deixadas foram escassas? Sequer um nome foi deixado, um lugar, uma época, um mísero indício, nada. A curiosidade deixa meus neurônios febris e descontrolados, poderia calmamente voltar ao meu sono? Com a cabeça mexendo sinalizando negativamente, o detetive diria: “elementar meu caro”.

Feliz por vc encontrar tempo para escrever, em meio a tantas atividades escolares e suas demandas
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