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de revista de cinema - Wikipédia
No longínquo ano de 1895, em dezembro, dois irmãos franceses, criaram uma máquina que filmava e projetava as imagens, deram o nome de cinematografhe, palavra composta por duas palavras gregas: kinema=movimento e graphein= desenhar, marcar, registrar. Uma máquina que registrava os movimentos, desenhando, registrando para a posteridade algo que fosse relevante, não acreditavam que aquilo daria algum dinheiro.
O Brasil começou cedo, em julho do ano seguinte já dava seus primeiros passos. No começo o cinema não tinha som, eram imagens com as falas escritas, uma espécie de gibi em movimento, a trilha sonora era um piano, onde o artista tocava a música de acordo com o clima do momento, suspense era uma coisa, agitação era outra e assim por diante.
As décadas foram passando e o cinema no Brasil e no mundo foi se estruturando, diretores de cinema surgiam, empresários investiam, leis eram aprovadas, tudo para desenvolver o cinema brasileiro. O Brasil não acompanhou o desenvolvimento mundial com a mesma competência de outros, não enxergou o potencial econômico deste setor que não era e não é só cultural.
Tivemos várias fases, imigrantes italianos por exemplo, dominaram as telas por um tempo, depois os brasileiros passaram a ocupar o espaço, vieram as grandes produtoras como a Vera Cruz, que teve bons momentos mas sucumbiu à concorrência estrangeira.
Também não tivemos uma sequência de bons governantes que enxergassem a importância de ter um mercado nacional e investir neste setor, mas isso não é um problema só do cinema. Durante a ditadura civil-militar tivemos a Embrafilme, que teve o seu papel de indutora deste mercado.
Com o governo Collor, pós-ditadura, o cinema levou uma pancada, ele extinguiu a Embrafilme, estatal do cinema, diminuiu verbas para a área cultural, extinguiu o próprio Ministério da Cultura. Foi um momento muito duro para o cinema nacional, que tem vivido de altos e baixos.
Atualmente não temos uma política séria para o setor, o ministério que deveria cuidar este assunto foi descaracterizado e desestruturado perdendo a importância que outrora tinha. E mais uma vez, o cinema brasileiro vai depender de atitudes heroicas e individuais de diretores de cinema, como se fossem heróis, tão idealizados no cinema americano exibido aqui, este mesmo cinema, donos das nossas salas e que dominam o mercado do cinema brasileiro.

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