“Vou-me embora para Pasárgada. . . lá a existência é uma aventura. . .tem alcaloide à vontade, Manuel Bandeira quando escreveu este poema procurava encontrar um lugar tranquilo sem tédio e feliz, ele não viveu a quarentena para se proteger da covid, neste caso o seu poema conteria certas doses de amargura.
Quando os espanhóis chegaram a este continente no século XVI eles tiveram contato com os Incas, tomaram conhecimento do uso medicinal de uma planta que curava os pacientes com malária, os Incas usavam a casca da planta para fazerem um chá medicinal, os espanhóis o adotaram e levaram aquele conhecimento para a Europa.
No século XVIII, foi feita a extração do composto puro da planta, estas pesquisas e estudos culminaram com a sintetização do composto em laboratório. Em 1934, na Alemanha quando Hitler já estava no poder, as indústrias alemãs passam a produzir o produto, eram o Resochin e o Sontochin.
Túnis, África, uma dessas reviravoltas que o mundo dá, durante a segunda grande guerra, os alemães em guerra na África com franceses, ingleses e americanos perdem um carregamento deste medicamento que foi confiscado pelos franceses que entregaram aos americanos, lá nos EUA, são feitos novos estudos e é lançada a Cloroquina.
Remédio que se usado de forma errada pode matar, mesmo para as doenças em que é recomendado como: malária, amebíase, artrite e lúpus. São muitos os efeitos colaterais, pode ser dor de cabeça, enjoo, vômitos, diarreia ou dor de barriga. Também pode atacar o coração. Isto é muito sério e não se pode receita-la para combater a covid, que já está provado que não funciona.
A família Rubiaceae possui mais de 40 espécies, algumas contém a quinina, de onde se pode extrair a substância para produzir o remédio, que pode ser sintetizado em laboratório. Enquanto isso o mundo espera pela vacina que pode trazer a tranquilidade que Manuel Bandeira buscava, em Pasárgada e no resto do mundo.

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