O barbudinho alemão mais conhecido por sua obra sobre economia, também escreveu sobre história. Famoso por afirmar esta máxima, dizia que não se deveria ter como referências: atitudes e símbolos de lutas passadas, não. Era preciso criar algo novo, sem essa ideia de reviver o passado tentando recriar um momento histórico, esta atitude só contribuiria para prejudicar as lutas do presente. A segunda versão, a farsa, era um caso bem pior.
Já o inglês Edmund Burke, teria afirmado que " um povo que não conhece sua história, está condenado a repeti-la. Eu acrescentaria que a história do mundo também, já que aquilo que acontece em outras paragens pode muito bem ser "transposto" para nossos trópicos.
No século XVI, o imperador inca Huayna Capac estava em uma guerra de conquista de territórios, recebeu a notícia que seu povo estava morrendo, não tinha nada a se fazer, além do isolamento, seu general responsável por cuidar de tudo na sua ausência, estava preocupado pedia instruções e tinha uma recomendação, não retornar e se expor, poderia ser fatal.
O imperador inca talvez tomado pelo espírito de macheza (teria físico de esportista?), resolveu retornar a seu território, preocupado com questões de abastecimento, poderíamos dizer, questões econômicas. Sendo forte e atlético ou não, o fato é que, como haviam alertado, contaminou-se com a peste, vindo a falecer em seguida, seu filho também, o que acabou por gerar uma disputa de poder, que enfraqueceu este povo que logo conheceria os espanhóis e sabemos como terminou.
Brasil, século XXI, temos um governante, que não é rei, muito menos imperador, já foi esportista, parece que não dos melhores, está imbuído do espírito de macho que acredita lhe dará imunidade contra qualquer doença infecciosa, também não deu ouvidos a nenhum general que o aconselhou a ser prudente e cuidadoso, foi e está indo ao encontro da peste que já contaminou meio milhão de brasileiros e destes, ceifou a vida de trinta mil. Como esta farsa termina, não sabemos, mas muitos brasileiros ainda perderão suas vidas.
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