A gripezinha "espanhola" e a covid-19. Primeiro a tragédia, depois a farsa.

      Esta pandemia ganhou inadvertidamente o nome de espanhola, apesar de não ter surgido naquele país, só ganhou este nome porque não se escondia do povo o que estava acontecendo, diferente de outros países que preferiam fingir que existisse ou minimizavam seu perigo, o alcance e a sua letalidade.
      Acredita-se que tenha surgido em Kansas, nos EUA, há também a possibilidade de ter aparecido primeiro entre os ingleses. O fato é que foi durante a I Guerra Mundial entre 1914 e 1918 que ela apareceu e espalhou-se pelo mundo. No Brasil, ela aportou a bordo do navio SS Demerara do correio britânico, este trouxe a tripulação seriamente comprometida pela doença, primeiro em Recife depois Rio de Janeiro.
Imagem -Soldados americanos infectados. Fonte: Wikipédia

      Adivinhem como foi a reação das autoridades brasileiras? "É só uma gripezinha", "É sensacionalismo histérico da imprensa" e outras pérola do tipo, qualquer semelhança com as autoridades no Brasil do século XXI é apenas farsa, porque a tragédia ficou no passado.
      A gripe espanhola infectou 500 milhões de pessoas pelo mundo, para os mortos a estimativa é que morreram perto de 50 milhões. No Brasil foram vitimados em torno de 40 mil pessoas, se tivessem levado a sério, informado a população, protegendo-a, o estrago seria bem menor. Também existiram as soluções mágicas: o quinino, que não servia tal qual a cloroquina de hoje, falou-se até em cachaça com limão origem da tese não comprovada de que a caipirinha teria surgido nesta época.
      O Brasil hoje (10/06/2020) contabiliza mais de 700 mil infectados, mais de 35 mil mortos, estamos em segundo lugar no mundo em número de infectados, caminhando para 1 milhão, tudo porque nossas autoridades além de não possuírem competência, não conhecem a história ou não se importam com ela.
      Mais uma vez vale a frase: povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la.

Comentários